domingo, outubro 14, 2007

Vamos falar um pouco dos Vinhos!

História do Vinho II parte

O comércio de vinhos entre os países estava fortemente estabelecido. Por volta de 2000 a.c., na região da Anatolia (Turquia) os hititas criaram cálices e frascos, em forma de cabeça de animal, em ouro, para servir e tomar vinho. Os primeiros livros de leis que se tem conhecimento foram criados pelos hititas e neles existiam referência às "Casas de Vinho". "A vendedora de vinho que errar a conta será atirada à água." "se uma sacerdotisa abrir ou freqüentar uma "Casa de Vinho" para tomar um drink, será queimada viva." No Egito, pinturas que datam 1000 a.c. à 3000 a.c., mostram que, apesar de não inventarem o vinho, os egípcios foram os primeiros a saber registrar os detalhes da vinificação. Pinturas retratavam, com detalhes a colheita da uva, a prensagem e a fermentação. Era um produto restritos aos nobres, ricos e sacerdotes que o bebiam em taças ou jarras, em ambiente festivo e luxuoso. O vinho, dentre outras coisas, eram também oferecido aos Deuses. A dedicação dos egípcios aos vinhos era tanta, que na tumba de Tutankamom (1371 - 1352 a.c.), foram encontradas 36 ânforas de vinho onde algumas continham inscrições da região, safra, nome do comerciante e controle de qualidade sob a inscrição "muito boa qualidade". Por volta de 1500 a.c., no sul da Grécia, existiam fortes comerciantes e colonizadores. Recentemente, se descobriu uma adega de vinho, estimada em 6.000 litros, armazenados em grandes jarros, do rei Nestor, na cidade de Peloponésia (sul da Grécia). Levado para a adega em bolsas de pele animal, o vinho deveria possuir um buquê

particularmente forte. Das ilhas gregas, e principalmente na ilha de Chios, era de onde partiam as principais exportações do melhor vinho. Ânforas, com suas características, foram encontradas em quase todas as regiões que os gregos praticavam o comércio, destacando Egito, Itália, França e Rússia. Por volta de 800 a.c. o vinho chega ao sul da Itália através dos Gregos. Porém, no norte da Itália, já se elaborava e comercializava o vinho. Não se sabe ao certo se os etruscos trouxeram as videiras da Fenícia ou de uma outra região da Ásia Menor, ou mesmo, se cultivaram uvas nativas da Itália, onde já havia videiras desde a pré-história. A mais antiga ânfora de vinho encontrada na Itália data de 600 a.c. e era etrusca. Quem usou as uvas primeiro para a elaboração do vinho? Entre 264 e 146 a.c., os romanos, investindo na agricultura, fazem a vitivinicultura atingir o ponto máximo. Surgiu um manual, traduzidos para o latim e o grego,

estimulando a plantação comercial de vinhedos. Em 171 a.c., é aberta a primeira padaria em Roma. Além de mingau de cereais, os romanos passaram a comer pão e beber cada vez mais vinho. Apareceram vinhos de qualidade de vinhedos específicos. O mais famoso foi o "Opimiano", do vinhedo Falernum safra 121 a.c., que foi consumido durante 125 anos, conforme registros históricos. Porém, dos gregos, ainda eram considerados pelos romanos, os melhores vinhos. Com a indústria do vinho já estabelecida em toda a Itália, passaram a surgir exportações para a

Grécia e Macedônia. Os melhores vinhos eram de Roma e Pompéia. Após destruição de Pompéia pela erupção do Vesúvio, no ano 79 d.C., iniciou-se uma louca corrida pela plantação de vinhedos, provocando desequilíbrio no fornecimento a Roma, provocando desvalorização das terras do vinho. Os hospitais, além de tratar dos doentes, eram centros de produção e distribuição de vinhos, assim como "albergues" para pobres, viajantes, estudantes e peregrinos. As universidades através dos intercâmbios de seus estudantes, também tiveram importância na

divulgação e consumo do vinho. É do ano de 1300 o primeiro livro impresso sobre o vinho, chamado "Liber De Vinis". O livro possui propriedades medicinais de vinhos aromatizados com ervas, para cura de várias doenças. O autor do livro foi Amaldus de Villanova, catalão, médico e professor da Universidade de Monpellier. Também encontra-se no livro métodos de comercialização de vinhos, como o costume fraudulento de oferecer aos fregueses alcaçuz, queijos salgados e nozes afim de não perceberem o sabor amargo e ácido do vinho. Daí por

diante, com os descobrimentos e expedições colonizadoras, o vinho chegou as Américas e a África. Com Cristóvão Colombo, em 1493, a uva foi espalhada para o México, Sul dos Estados Unidos e colônias espanholas da América do Sul, com Martim Afonso de Souza e Brás Cubas, pelo litoral Paulista em 1532

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